Introdução
Os capítulos 35-40 narram a construção do Santuário e de todos os seus elementos litúrgicos, inclusive a Arca da Aliança, conforme as orientações e prescrições narradas nos capítulos 25-31.
A Preparação para a construção do santuário
A ordem inicial de trabalho envolve a observância do sábado, dia sagrado, no qual ninguém deve trabalhar (Ex. 35,1-3). Aqui temos uma importante lição para nossas vidas. Por mais que seja importante o trabalho, a contribuição, o esforço pessoal para a obra de Deus, será mais importante ainda a vida em conformidade com a Lei de Deus. Com outras palavras, a construção do Santuário era algo importante para aquele povo, mas não deveria ser feito à custa da desobediência a Deus.
Essa construção requer o uso de determinados materiais, como prata, ouro e outros objetos e metais preciosos, e ainda, materiais igualmente de qualidade como tecidos e adereços.
Deus ordena a Moisés que institua uma espécie de tributo, por meio do qual, o próprio povo deveria contribuir para a construção do santuário. Apesar de o texto se referir a algo como tributo, a doação era voluntária (Ex 35,4-10).
Além de material, o Santuário requer também a habilidade técnica, artística e instrumental para sua execução. Então, Moisés busca dentre o povo os construtores, artífices e artistas, que se disponham a trabalhar na construção do santuário (Ex 40,30-35).
A Construção
Enquanto o capítulo 35 trata da organização da construção do santuário e dos elementos que o compõem, os capítulos 36-39 descreve pormenorizadamente a própria execução.
A riqueza e o luxo dos objetos de culto
Uma questão que pode suscitar alguma discussão é o luxo da construção, seus adereços e elementos de culto. É preciso entender que tais elementos de natureza litúrgica têm uma função muito nobre: A partir de sua preciosidade, beleza e formosura, eles querem simbolizar a majestade e a glória de Deus. Pois o homem comum não tem condições de supor a grandeza, a majestade e o esplendor da glória de Deus, razão pela qual busca isso em um conjunto de elementos litúrgicos de grande beleza.
Essa mesma experiência de Israel, que ocorreu no ano 1300 a.C., pode ser verificada agora, 3.300 anos depois, na Missa. Por que as vestes dos padres, as velas, cálices, âmbulas, velas, crucifixos, toalhas, tecidos, alfaias e demais objetos, e ainda, o interior das igrejas são tão ricamente decorados? Pela mesma razão. É preciso entender que tais elementos de natureza litúrgica têm uma função muito nobre: A partir de sua preciosidade, beleza e formosura, eles querem simbolizar a majestade e a glória de Deus. Pois o homem comum não tem condições de supor a grandeza, a majestade e o esplendor da glória de Deus, razão pela qual busca isso em um conjunto de elementos litúrgicos de grande beleza.
O capítulo 40 mostra a conclusão da obra, que Moisés, na condição de líder, considerou perfeita. Uma vez concluído o santuário, celebra-se agora o culto. Nesse caso, celebra-se uma cerimônia de consagração do santuário. A palavra consagrar, tem o sentido de sacralizar, separar para o culto a Deus. Como resposta, temos uma manifestação de Deus, aceitando a oferta apresentada.
Conclusão do Livro do Êxodo
Aqui se conclui o Livro do Êxodo. Ele narra resumidamente, a escravidão dos descendentes de Abraão no Egito, o clamor a Deus e a resposta de Deus, com o nascimento de Moisés. Moisés será preparado durante a sua vida para a missão de resgatar o povo, apresentar-lhes a aliança sinática e lançar as bases do culto religioso.
Gabriel Campos, 10/04/2024.