Oferecemos gratuitamente um amplo programa de catequese e formação intelectual, a partir do estudo da Tradição, Sagradas Escrituras, Magistério, Teologia, Liturgia e História da Igreja Católica, além de temas de filosofia, sociologia, história e artes, relacionados à fé católica, em perfeita consonância com o Magistério da Igreja.
Os nossos valores são os valores professados pela Santa Igreja Católica Apostólica Romana.
Santo Anselmo de Canterbury, também conhecido como Anselmo de Aosta ou Anselmo de Bec (Aosta, Reino de Borgonha, 1.033 – Canterbury, Inglaterra, 1.109), Arcebispo, Santo e Doutor da Igreja (Doctor Magnificus, Doctor Marianus), foi um monge beneditino, filósofo, Abade do Mosteiro de Bec e Arcebispo de Canterbury, entre 1093 e 1109. Santo Anselmo foi um dos maiores intelectuais do seu tempo e também um dos maiores intelectuais da história católica, sendo considerado, em razão de suas obras e de seu pensamento, o Pai da Filosofia Escolástica.
Santo Anselmo nasceu em Aosta, no Reino da Borgonha em 1033, em uma família nobre e rica. A sua vocação beneditina, manifestada aos 15 anos, encontrou resistência da família e dos mosteiros locais em razão de sua pouca idade. Após a morte de sua mãe e de uma vida despreocupada, gasta em viagens.
Por entre essas viagens, Anselmo chega a Normandia, e toma o hábito beneditino aos 27 anos em 1060, no Mosteiro Bec. Anselmo é eleito prior do Mosteiro de Bec em 1063. Sob o comando de Anselmo, Bec tornou-se o principal centro de ensino na Europa, atraindo estudantes de toda a França, Itália e outras regiões. Foi durante esta época que escreveu suas primeiras obras filosóficas, o Monológio (1076) e o Proslógio (1077–8). A elas se seguiram Os Diálogos sobre a Verdade, Livre Arbítrio e A Queda do Diabo.
Em 1093, Anselmo foi feito Arcebispo de Canterbury, cargo que ocuparia até a sua morte em 1109. Durante o seu período como Arcebispo de Canterbury, Anselmo entrou em conflitos, sucessivamente, com os reis Guilherme II e Henrique I, tendo sido exilado de sua Sé Episcopal por duas vezes, uma vez que defendia a Igreja como uma instituição universal, em obediência filial e integral a Roma, sem subordinação aos soberanos locais.
Anselmo dedicou-se à filosofia e à teologia. Estilisticamente, os tratados de Anselmo assumem duas formas, diálogos, de cunho pedagógico, e meditações.
O elemento central do pensamento de Santo Anselmo foi “fides quaerens intellectum” (“fé em busca de entendimento”) que, para ele, significava “um
ativo amor de Deus em busca de um conhecimento mais profundo de Deus”.
Ele escreveu “Neque enim quaero intelligere ut credam, sed credo ut intelligam. Nam et hoc credo, quia, nisi credidero, non intelligam.” (“Nem busco entender para que possa acreditar, mas acredito que possa entender.
Por isso, também, acredito que, a não ser que eu primeiro acredite, não serei capaz de entender”). Esta frase foi possivelmente inspirada por Santo Agostinho (“Dez Homilias sobre a I João”, tratado XXIX sobre João 7:14-18, § 6): “Portanto, não busque entender para que acredite, mas acredite para possa ser capaz de entender”. Anselmo defendia que a fé precede a razão e que a razão pode expandir a fé.
A obra-prima sobre a teoria do conhecimento de Anselmo é o tratado “De Veritate”, no qual afirma a existência de uma verdade absoluta da qual todas as verdades participam. Esta verdade absoluta, argumenta ele, é Deus, que é a base ou princípio de tudo e do pensamento. A visão de mundo de Anselmo era, grosso modo, a do neoplatonismo, que herdou de seu grande influenciador, Santo Agostinho, assim como de Dionísio Areopagita, sem descuidar do pensamento de Aristóteles.
Dentre outras obras, temos o seu famoso Argumento Ontológico, uma obra de 1077, por meio da qual Santo Anselmo vai procurar demonstrar racionalmente a existência de Deus.
As obras de Anselmo foram copiadas e disseminadas ainda durante a sua vida e exerceram grande influência sobre os escolásticos posteriores como São Boaventura, Santo Tomás de Aquino, Bem-Aventurado João Duns Escoto e outros.
A Igreja Católica celebra a memória de Santo Anselmo no dia 21 de abril e o
tem como padroeiro dos intelectuais católicos.
Criado em Brasília – DF, o Grupo Santo Anselmo é um apostolado católico e leigo, com adesão integral à Santa Igreja Católica Apostólica Romana, à Tradição, às Sagradas Escrituras e ao Magistério, com o compromisso de fiel e total obediência ao Bispos Diocesano e ao Santo Padre, o Papa Francisco.